Papel do Professor

Sobre o papel do professor em um PA:

Temos uma histórico escolar que valoriza as respostas prontas, ou seja, o professor deve propor conteúdo, metodologia, avaliação e dominar os saberes a ser transmitidos, nesse sentido aos alunos cabe assimilar esses saberes "prontos", em detrimento da descoberta, da criação.
Nesta estapa em que estaremos aplicando o PA nas escolas, acho importante refletir sobre o papel do professor como mediador da aprendizagem. O que é ser mediador? Qual é o papel do Professor?

De acordo com Moran os professores podem ajudar o aluno incentivando-o a saber perguntar, a enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de sites, de avaliação de páginas, a comparar textos com visões diferentes. Os professores podem focar mais a pesquisa do que dar respostas prontas, ou aulas todas acabadas. Podem propor temas interessantes e caminhar dos níveis mais simples de investigação para os mais complexos. O problema da pesquisa não está na Internet, mas na maior importância que a escola dá ao conteúdo programático do que à pesquisa como eixo fundamental da aprendizagem.

Referência:
José Manoel Moran - As Possibilidades das Redes de Aprendizagem - in: http://www.eca.usp.br/prof/moran/redes_aprendizagem.htm

PA na Escola

Oi Pessoal,

Estamos nos acertos finais com as escolas para desenvolver o PA no próximo ano.
Nestes dias estive visitando a escola em que vou desenvolver o PA, nos reunimos Eu, as duas professoras envolvidas (Eliete e Giselle) e a Diretora Cláudia. Expliquei a fundamentação de um PA apresentei uma proposta de cronograma para desenvolvimento com os alunos, falei sobre as ferramentas (Blog, Wiki, Cmap) que utilizaremos e acertamos que o projeto será desenvolvido em 04 h/a semanais (02 de Língua Portuguesa e 02 de Matemática) concentradas em um dia da semana.
As professoras já conhecem as ferramentas pois já participaram de cursos no CRTE em que as utilizaram, agora vamos estar nos reunindo para estudar os textos e conhecendo os Pas desenvolvidos pelos grupos.
A escola ainda não está com o laboratório montado, mas já recebeu os computadores, mobiliários e rede lógica e elétrica. Acreditamos que no mês de março, quando vamos iniciar o projeto, já estará tudo funcionando, mas caso der algum problema, os alunos estarão se deslocando até o laboratório da CRTE.

Espero que dê tudo certo!

Abraços

Educação Especial

Olá...

No Proa 07 estamos estudando o uso das tecnologias junto aos alunos que apresentam necessidades especiais. E nesta semana estou participando de uma oficina cujo objetivo é estudar e propor soluções tecnológicas para alunos que apresentam Deficiência Física e Neuromotora. Descobrimos que para atender essa área, é preciso conhecer bem o caso, ou seja, conhecer a capacidade funcional do aluno, e a partir daí propor uso de próteses, e para os casos em que o aluno tem dificuldade na comunicação ( uso da fala e das mãos), propor softwares de comunicação alternativa.

O Microfênix é um sistema que facilita a comunicação do aluno que tem como recurso de comunicação algum resquício de fala , e pode ser encontrado no seguinte endereço:

http://intervox.nce.ufrj.br/microfenix/

Você pode encontrar maiores informações no blog do nosso grupo, no seguinte endereço:

http://neeticdf.blogspot.com

Abraços

Método Clínico & PA

Oi, estive um tempo longe, pois o tempo é curto para tantas atividades...

Estive acrescentando alguns textos no PA sobre a obesidade, que falam sobre a influência da televisão e das novas tecnologias para o sedentarismo e quilos extras, uma das maiores causas de doenças crônico-degenerativas... e estou ficando preocupada, as atividades frente ao computador...tem dado resultados positivos...na balança!!!rsrss.

Estudando o Método Clínico de Piaget no Proa 3, descobri que ele se baseia em ouvir as perguntas e afirmações da criança, e a partir da verbalização e da ação sobre objetos, propor perguntas de exploração, de investigação e contra-argumentação sobre o conhecimento que a criança possui e despertá-la para novas descobertas, num trabalho de grupo, como nos PAs, acredito que será muito produtivo.

Até mais...

PAs e Interdisciplinariedade

Estive pensando, como dar conta dos conteúdos nos Pas sem ser superficial na abordagem interdisciplinar? E me questionei: a escola hoje está tratando o conteúdo com profundidade? Talvez a organização da grade curricular de forma fragmentada (disciplinas) seja mais grave do que a superficialidade dos conteúdos em um PA, saber muitas coisas e não saber articular ou dar um sentido para esses saberes, faz as pessoas viverem no mundo do “faz de contas”, faz as pessoas serem superficiais.

Não estou dizendo aqui que devemos abolir a grade curricular dividida em disciplinas, mas aproveitar essa divisão para fortalecer o currículo, trabalhando com grupos de professores e vendo a contribuição de cada área de estudo em um determinado P.A. Estava pensando nos Pas, onde a partir dos questionamentos dos alunos, o professor poderia ir “sugerindo” conteúdos, para atender aos eixos norteadores das Diretrizes Curriculares, mas descobri que os alunos devem pensar por eles mesmos, fazer seus ensaios e descobertas e nosso papel é fazer com que eles se sintam seguros em suas aventuras, ou seja, ajudá-los a descobrir por si mesmos se as hipóteses levantadas são verdadeiras ou falsas.

O uso das tecnologias, em especial a internet, permitem que o aluno passe da situação de receptor, para ator da aprendizagem, infelizmente a realidade brasileira, é a da maioria das escolas sem computadores e internet é artigo de luxo. Mas estamos imersos em uma especialização sobre o uso das tecnologias na educação, estamos nos preparando para tal, iremos descobrir inúmeras formas de trabalhar os Pas no processo, e vamos adequando conforme a realidade de cada escola e da comunidade em que ela está colocada.

Projetos de Aprendizagem... é possível?

Estamos na sexta semana de curso, estive pensando sobre projetos de aprendizagem, como fazer acontecer na escola? Será possível trabalhar de forma interdisciplinar sem ser superficial no tratamento dos conteúdos? Como fazer isso acontecer? Penso que somente um trabalho onde o grupo de professores compartilhem essa idéia, o PA será possível. Tendo um problema a ser resolvido pelo grupo de alunos e professores, estes professores poderão fazer encaminhamentos para que os conteúdos de sua disciplina sejam trabalhados de forma mais aprofundada, aí sim, teremos conteúdos (intrínsecos nos problemas) propostos por alunos, mas com encaminhamentos dos professores nas diferentes disciplinas.
Estou achando que é isso. Como fazer? eis a questão...

Cooperação

Esta semana discutimos a questão do currículo, como seria possível articular a proposta do PA na escola? Realmente como disse na postagem anterior, por enquanto não vejo outro caminho que não seja a flexibilização da grade curricular e o bom senso do professor em organizar um trabalho que vá de encontro aos interesses dos alunos e que também considere os conhecimentos pré-estabelecidos. Isso dependerá da orientação do professor para o aprofundamento das questões e socialização dos conhecimentos entre os grupos, e para a cooperação no desenvolvimento dos projetos dos colegas.

Sobre o Projeto de Aprendizagem... A pergunta que queremos responder é: Por que a obesidade está crescendo no Brasil? Para responder esta questão precisamos saber o que é controle energético; como o avanço das tecnologias contribuíram para mudança das formas de trabalho e para o sedentarismo; Quando e como a urbanização do povo brasileiro interferiu no aumento da obesidade; As causas da obesidade são diferentes nas diferentes classes sociais? A obesidade causada por fatores genéticos interferem nos números que indicam o aumento de obesos no Brasil? Entre outras...
Vejo que para responder uma pergunta, outras devem ser feitas, abrangendo diferentes áreas do conhecimento, saindo da superficialidade, e o mais importante, a questão da motivação, da curiosidade está sempre presente.
Uma dificuldade no trabalho por PA, pode estar na integração do grupo de trabalho, ou seja, o método de trabalho é baseado na teoria construtivista, que tem como princípio a cooperação entre os envolvidos do grupo para “construir” o conhecimento. Cooperar discordando, concordando, sugerindo, e dialogando. E se não houver essa interação? ... o trabalho não acontece...

A cooperação no trabalho de grupo é algo que precisamos aprender, o que vem a ser cooperação? Segundo Maçada e Tijiboy (1998) “Cooperar é operar em comum, pressupõe a interação e a colaboração, em relações de respeito mútuo e não hierárquicas entre os envolvidos, uma postura de tolerância e convivência com as diferenças e um processo de negociação constante”. Acredito que esse estímulo para a convivência, para as relações pessoais, num ambiente virtual produz crescimento pessoal e envolvimento responsável com..., e precisa ser incentivado.